Condomínios de luxo onde Diabo Loiro e filho de Mijão foram presos têm imóveis de até R$ 9,9 milhões


Suspeito de lavar dinheiro para o PCC morre em operação em Campinas
A operação que prendeu seis pessoas suspeitas de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro ligado a dois dos traficantes mais procurados do Brasil, nesta quinta-feira (30), cumpriu mandados em diferentes condomínios de luxo de Campinas, tais como Parque Xangriá, Swiss Park, Colinas do Ermitage e Entre Verdes.
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O Parque Xangrilá, no loteamento Alphaville, onde vive Eduardo Magrini — o “Diabo Loiro” — preso nesta quinta-feira (30), tem casas de luxo que valem até R$ 9,9 milhões.
Em uma pesquisa em sites de venda de imóveis na internet, o g1 encontrou casas que contam com pelo menos três suítes, piscina e vagas para até 10 carros.
”Diablo Loiro’, preso em operação contra PCC nesta quinta (30), exibe carro de luxo
Reprodução/Redes Sociais
Magrini já possui passagens por homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documentos falsos. Ele é apontado pelo Ministério Público como um membro importante do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Nas redes sociais, Eduardo se apresenta como “influencer digital” e compartilha com 105 mil seguidores fotos com carros de luxo, em viagens e rodeios.
Diabo Loiro: preso em operação contra PCC atuou em ataques de 2006 e ostenta carros de luxo nas redes; saiba quem é
Área de lazer de condomínio em loteamento Alphaville
Divulgação
Filho de ‘Mijão’
Já Sérgio Luiz de Freitas Neto — o filho de “Mijão”, que também foi preso na operação desta quinta (30), mora no Condomínio Lenk, que tem casas de alto padrão que valem até R$ 3,5 milhões.
O condomínio fica dentro do Swiss Park, complexo urbanístico que conta com sua própria estrutura de segurança, lazer e comércio, como se fosse uma “minicidade”, a 15 minutos do Aeroporto Internacional de Viracopos.
O pai dele, Sérgio Luiz de Freitas Filho, é considerado o traficante mais procurado do Brasil e segue foragido. “Mijão” é um dos alvos da operação deflagrada nesta quinta-feira (30) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) .
Quem é ‘Mijão’, alvo de operação contra lavagem de dinheiro e principal chefe do PCC foragido
Condomínio de luxo onde mora o filho de “Mijão”, em Campinas (SP)
Divulgação
Busca e apreensão no Entre Verdes
A operação também mira Álvaro Daniel Roberto, o “Caipira”, que foi alvo de mandado de busca e apreensão em um endereço no condomínio Entre Verdes.
O loteamento tem mansões avaliadas em até R$ 16 milhões, que contam com suítes com hidromassagem, piscina e vista privilegiada.
De acordo com Marcos Rioli, Álvaro ou seu filho de mesmo nome, visitavam com frequência um dos investigados no esquema de lavagem de dinheiro do PCC, que já foi preso em agosto deste ano.
“Caipira” está foragido há anos e, ao lado de Mijão, é considerado um dos criminosos mais procurados do país. As últimas informações do MP indicam que os dois estariam na Bolívia.
Imóvel no Condomínio Entre Verdes foi alvo de busca e apreensão nesta quinta (30)
Divulgação
Tiroteio em Sousas
Durante a operação, um suspeito morreu em troca de tiros com a Polícia Militar (PM) no condomínio de luxo Colinas do Ermitage, no distrito de Sousas, em Campinas(SP).
O loteamento possui imóveis que chegam a R$ 3,9 milhões, no bairro que é conhecido por grandes propriedades rurais e por uma Área de Preservação Ambiental.
Em coletiva realizada no fim da manhã desta quinta-feira (30), o Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) da PM informou que uma equipe entrou na casa do investigado Luís Carlos dos Santos e foi surpreendida por disparos.
Luís Carlos chegou a fingir que se renderia, tentou fugir pela varanda e voltou a atirar contra os policiais antes de ser atingido. O suspeito morreu no local.
Luís Carlos dos Santos é pai de Rafael Luís dos Santos, também investigado na operação. Os dois são apontados como envolvidos em um esquema de lavagem de capitais operado por Maurício Silveira Zambaldi, o “Maurício Dragão”, preso em Campinas em agosto deste ano suspeito de financiar plano do PCC para matar um promotor do Ministério Público.
Portaria do condomínio Colinas do Ermitage, no distrito de Sousas, local onde Luís Carlos dos Santos morreu em confronto com a polícia
Google Maps
Operação desta quinta
A operação deflagrada nesta quinta- mira um esquema de lavagem de dinheiro ligado a dois dos traficantes mais procurados do Brasil: Mijão e Álvaro Daniel Roberto, o “Caipira”.
Entre os alvos estão integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), empresários, agiotas e influenciadores digitais.
Durante o cumprimento dos mandados, houve confronto entre policiais e um dos investigados. O suspeito morreu no local, e um policial militar foi baleado e encaminhado ao Hospital de Clínicas da Unicamp, onde recebe atendimento médico.
Foram emitidos nove mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas, incluindo o bloqueio de 12 imóveis de luxo e de valores em contas bancárias.
Infográfico – Operação em Campinas mira principal chefe do PCC foragido, agiotas e influenciadores
Arte/g1
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Fonte: g1