Conheça história de menino de 11 anos que já escreveu oito livros e sonha em ser médico

Isaque Gabriel Crispim de Oliveira, de 11 anos, escreveu oito livros e sonha em ser médico
Arquivo pessoal/Harley Oliveira
Aos 11 anos, Isaque Gabriel Crispim de Oliveira já escreveu oito livros e se prepara para prestar o vestibular em 2026 com o intuito de realizar o sonho de ser médico. O menino mora em Goiânia e foi diagnosticado com altas habilidades e superdotação (AH/SD). Em entrevista ao g1, o pai da criança, Harley Silva Oliveira, de 40 anos, contou como é a rotina do filho.
“Segundo especialistas, ele tem uma mente de 20 anos em um corpo de 11, o que faz com que discuta temas complexos como política, economia e matemática. Se você sentar com ele, ele vai explicar por que a gasolina subiu, vai falar de inflação… discute como adulto”, afirmou.
De acordo com a família, aos 8 meses, o pequeno já falava palavras de forma clara, como os nomes do pai e da mãe. Com 1 ano e meio, Isaque já falava e lia pequenas frases. O menino surpreendeu a família ao escrever o seu primeiro livro antes de completar 3 anos. A história baseada em fatos reais, “O maior acidente radioativo de Goiânia”, tem 26 páginas e foi escrita apenas em dois dias.
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O diagnóstico de altas habilidades veio aos 5 anos, quando os pais e os professores notaram que o menino lia, questionava e interagia bastante na sala de aula e em casa.
Altas habilidades e superdotação
Menino que escreveu o primeiro livro aos 3 anos surpreende ao lançar o segundo aos 8, em Goiânia
Arquivo pessoal/Harley Oliveira
Harley decidiu levar o filho a um neuropediatra que fez o encaminhamento para um neuropsicólogo. Isaque foi diagnosticado com altas habilidades e os testes de raciocínio deram um resultado superior à média.
Atualmente, ele estuda em uma escola convencional e leva uma rotina normal, articula bem e tem amizades, além de ser tenista e enxadrista.
No início, a família teve dificuldades para compreender a superdotação. “Era algo novo pra gente, então ele começou com acompanhamento com psicólogo e neuropsicóloga, para entendermos como funcionava a cabecinha dele”, relatou Harley.
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Aos seis anos, Isaque foi convidado para o curso Enriquecimento da Aprendizagem para Desenvolvimento de Habilidades (Head), da PUC Minas, no qual ainda integra o quadro de estudantes.
Com oito anos, o garoto escreveu o segundo livro, de 24 páginas. “O cientista sapo” foi escrito em uma semana durante as férias de julho de 2020. Nas páginas, Isaque conta a história de um cientista que busca a cura de doenças em plantas originárias do Rio de Janeiro.
Harley mencionou que o filho vai para a escola no período vespertino. Além disso, o menino assiste aulas de matérias como matemática e biologia, em assuntos mais aprofundados. O pequeno tem interesse em política, geografia e literatura.
Hoje a família lida bem com a superdotação de Isaque. “A gente trata com normalidade, mas ele é bem diferente de outras crianças. Enquanto um menino de 11 anos está preocupado em assistir desenho ou jogar bola, ele tá discutindo política, economia, biologia, como um adulto”, observou o pai.
Preparação para o vestibular
Goiano de 11 anos se prepara para prestar o vestibular de medicina em 2026
Arquivo pessoal/Harley Oliveira
O foco atual de Isaque está na preparação para o vestibular de medicina. “Ele é autodidata. Fez um simulado da Fuvest e acertou 80% das questões para medicina. Isso num dia em que ele nem estava tão focado”, relatou o pai.
O vestibular será feito no próximo ano para que a família se organize, pois, se o menino for aprovado, será necessário acionar a Justiça para garantir a matrícula na universidade. O pai, que é advogado, acompanha o caso de perto para garantir a realização do sonho de Isaque.
Harley ressaltou que o filho é considerado uma criança especial pela legislação, devido ao diagnóstico de altas habilidades e superdotação. “Muitos pensam que precisa terminar o segundo grau para prestar o vestibular, mas no caso dele, a legislação assegura isso. Houve uma mudança na lei há dois anos”, explicou.
O desejo de Isaque de cursar medicina vem de muito tempo. “Ele sempre sonhou. Escreveu o primeiro livro sobre o Césio 137, preocupado com o acidente em Goiânia. Ele se comoveu na época com a menina Leide das Neves, que morreu. Sempre teve vontade de ajudar as pessoas. Isso é vontade dele”, ressaltou Harley.
O pai também comentou que o filho vai lançar um livro sobre cardiopatia congênita, inspirado na irmã caçula, que nasceu com essa condição. Este será o nono livro de Isaque, que escreve tanto para crianças como para adultos.
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Fonte: g1