Corpo nutrido, saúde reprodutiva em equilíbrio


Mudanças bruscas no peso, dietas restritivas ou emagrecimento sem acompanhamento profissional podem estar relacionados a alterações hormonais que afetam o ciclo menstrual e a ovulação. O equilíbrio é fundamental, especialmente quando a mulher deseja preservar sua saúde reprodutiva.
Quando o organismo está em harmonia, com ingestão adequada de nutrientes e peso corporal compatível com a saúde individual, há maiores chances de o ciclo menstrual ocorrer de forma regular e o ambiente reprodutivo se manter estável.
Tanto o excesso quanto a carência podem gerar desequilíbrios. O sobrepeso, por exemplo, pode influenciar a produção de estrogênio, impactar a ovulação e estar associado à resistência à insulina e a processos inflamatórios, fatores que podem interferir na fertilidade.
Por outro lado, perdas rápidas de peso, dietas restritivas ou práticas excessivas de jejum podem levar à redução dos níveis de hormônios essenciais como LH e FSH, além de favorecer a ausência de menstruação (amenorreia) e deficiências nutricionais importantes.
Por isso, qualquer mudança corporal ou alimentar deve ser acompanhada de forma cuidadosa e profissional, com foco na saúde integral da mulher.
Alimentação e fertilidade: aspectos observados por nutricionistas
Uma alimentação variada e balanceada, com ingestão adequada de macronutrientes e micronutrientes, pode ajudar a manter o bom funcionamento do organismo.
Entre os alimentos que costumam ser recomendados por profissionais da área da nutrição, com base em estudos observacionais e revisões científicas, estão:
Folhas verde-escuras: Fontes de folato e magnésio, micronutrientes associados ao funcionamento hormonal e celular.
Frutas vermelhas: Ricas em antioxidantes naturais.
Oleaginosas: Contêm selênio, vitamina E e gorduras saudáveis.
Peixes de águas frias: Como fonte de ômega-3, quando consumidos com orientação.
Grãos integrais: Auxiliam no fornecimento de energia e no controle glicêmico.
Leguminosas: Fontes de proteína vegetal, ferro e zinco.
Laticínios integrais (com moderação): Estudos avaliam possíveis relações com a ovulação, mas o consumo deve ser individualizado.
Por outro lado, é comum que se recomende a redução do consumo de alimentos ultraprocessados, açúcares simples, gordura trans e excesso de cafeína, pois podem estar associados a desequilíbrios metabólicos ou inflamatórios.
Cuidados que vão além da alimentação
Além da dieta, o acompanhamento de outros hábitos de vida também pode ser importante para o equilíbrio do sistema reprodutivo. Entre eles:
Dormir bem
Praticar atividade física com moderação
Reduzir o estresse crônico
Evitar substâncias como álcool e tabaco
Profissionais da área da saúde recomendam que esse processo de reorganização metabólica e alimentar ocorra com antecedência, preferencialmente três meses antes de tentar engravidar, respeitando o tempo médio de maturação dos óvulos.
A importância do acompanhamento profissional
Contar com o apoio de um nutricionista é essencial para garantir que os ajustes alimentares ocorram com segurança, respeitando as necessidades do corpo feminino. Esse profissional é habilitado a propor um plano alimentar personalizado, avaliar exames laboratoriais, corrigir deficiências nutricionais e orientar a suplementação quando necessária.
Cada mulher possui um funcionamento hormonal e metabólico único. Por isso, o foco não deve ser apenas o peso, mas o bem-estar integral.
Importante: Nenhuma recomendação alimentar substitui a consulta com profissional de saúde. A individualização do cuidado é fundamental para a segurança e a eficácia de qualquer plano.
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Cristine Volkmann/CRN 4150

Fonte: g1