Dupla foi condenada por tentativa de homicídios contra policiais federais em ação que terminou com delegado baleado
Reprodução/TV Tribuna e Reprodução
Rafael de Vasconcelos Batista da Silva e Jefferson dos Santos Pereira, foram condenados a 45 e 33 anos de prisão, respectivamente, por tentar matar policiais federais em Guarujá, no litoral de São Paulo. O crime ocorreu em 2023, quando o delegado da Polícia Federal (PF) Thiago Selling Cunha foi baleado na cabeça.
Os réus foram acusados por atirar contra uma equipe da PF durante o cumprimento de um mandado da Operação Caeté, em 15 de agosto de 2023. O delegado foi baleado na cabeça pelos suspeitos, que tentavam fugir. Três agentes da PF revidaram e atingiram um dos suspeitos na perna. Em seguida, os homens foram presos com armas e drogas.
Por conta do disparo, Thiago Selling teve uma fratura acima do globo ocular e perda de massa encefálica. Ele precisou ficar mais de um mês internado e, no final de setembro, recebeu alta médica.
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O Ministério Público Federal (MPF) denunciou a dupla por quatro tentativas de homicídio qualificado, tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte de arma de uso restrito e comunicação clandestina.
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O julgamento dos réus começou às 8h de terça-feira (11), e foi finalizado na noite de quarta-feira (12). Eles foram condenados por todos os crimes, com exceção de uma tentativa de homicídio, após o júri entender que não houve comprovação do crime.
Rafael foi condenado a 45 anos e 10 meses de prisão, além de dois anos e oito meses de detenção e o pagamento de multa. Já a pena de Jefferson foi de 33 anos e 3 meses de prisão, mais 2 anos e 7 meses de detenção e multa.
O juiz Anderson Vioto Silva, substituto da 5ª Vara Federal de Santos, considerou uma pena maior a Rafael por ele ser o autor dos disparos e integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ainda foi levado em consideração que o atentado foi cometido para encobrir outros crimes e o histórico criminal dos réus, que registram três condenações transitadas em julgado cada, por crimes como tráfico de drogas e roubo qualificado.
Após o procedimento, os dois foram levados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente, onde já estavam detidos, para cumprir a pena.
Crime
O caso ocorreu em 15 de agosto de 2023. O delegado da Polícia Federal foi baleado na cabeça durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em Guarujá. Houve uma perseguição na avenida Tancredo Neves, no bairro Cachoeira. Dois suspeitos fugiram em direção a uma casa e atiraram contra os policiais federais.
Um dos tiros atingiu a cabeça do delegado Thiago. Outros três agentes revidaram os disparos e um dos homens foi atingido na perna. Eles foram presos com uma pistola e uma submetralhadora 9 milímetros. Tanto o delegado como o homem suspeito foram levados para o Hospital Santo Amaro, em Guarujá.
O confronto ocorreu em meio a Operação Escudo, das Polícias Militar e Civil, no litoral de São Paulo. Em nota, o Sindicato dos Policiais Federais em São Paulo (SINPF/SP) repudiou e lamentou o que disse ser um “ataque covarde e criminoso” contra um delegado da PF.
Armas encontradas com criminosos que atiraram contra Policial Federal no litoral de SP
Polícia Federal
Quem é
Delegado Thiago Selling da Cunha está na Polícia Federal há 13 anos
Reprodução
O delegado Thiago Selling da Cunha tem uma carreira de 15 anos na Polícia Federal (PF). À época, ele era o chefe substituto da Delegacia de Repressão a Crimes Contra do Patrimônio e Tráfico de Armas (Delepat), na capital paulista.
Cunha começou a carreira na PF como escrivão de polícia em 2010 e, após quatro anos, tornou-se delegado e entrou na Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF).
O primeiro trabalho dele na PF foi no Pará (PA). Em seguida, ele foi para São Paulo, onde era tesoureiro suplente da diretoria da regional de São Paulo da ADPF.
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Fonte: g1
