Enchentes no RS: PF faz operação contra desvio de recursos da prefeitura de Lajeado destinados à recuperação após tragédia ambiental


PF faz operação contra desvio de recursos destinados à recuperação das enchentes em Lajeado
Polícia Federal/Divulgação
A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta terça-feira (11), 35 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de desviar dinheiro destinado à prefeitura de Lajeado, na Região dos Vales, para recuperação dos estragos causados pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.
Um dos alvos é Marcelo Caumo, atual secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano do RS. Ele foi prefeito da cidade entre 2017 e 2023. A PF investiga contratos da gestão dele como procurador-geral que foram firmados após a enchente de 2024. Há suspeita de crime contra a administração pública e lavagem de dinheiro a partir do desvio de recursos do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).
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As buscas ocorrem nos municípios de Lajeado, Muçum, Encantado, Garibaldi, Guaporé, Carlos Barbosa, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Porto Alegre. Segundo a PF, houve o sequestro de 10 veículos e bloqueio de ativos que somam até R$ 4,5 milhões.
O g1 e a RBS TV tentam contato com a prefeitura de Lajeado e com o secretário.
Marcelo Caumo, atual secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano do RS
Daniela Luquini e Sara Santis/Divulgação
Investigação
Ao longo da investigação, a PF diz que conseguiu verificar irregularidades em licitação feita pela prefeitura de Lajeado para contratação de uma empresa para prestar serviços de psicólogo, assistente social, educador social, auxiliar administrativo e motorista.
Houve dispensa de licitação sob a justificativa do estado de calamidade pública declarado pelo município em 2024. O valor total dos dois contratos, inicialmente levantados no curso do inquérito policial, somam aproximadamente R$ 120 milhões.
“Há indícios de que a contratação direta da empresa investigada tenha ocorrido sem observância da proposta mais vantajosa e os valores contratados estariam acima do valor de mercado”, disse a PF.
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Fonte: g1