Ministros da região Amazônica anunciam volta de comissão para preservação da floresta
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira (13) que a COP30 acontece em um momento marcado por tensões geopolíticas que colocam à prova o multilateralismo.
“O avanço do unilateralismo e de discursos extremistas compromete a estabilidade global e aprofunda injustiças, afetando sobretudo as populações mais vulneráveis”, disse a ministra.
➡️ Multilateralismo é quando vários países trabalham juntos para resolver problemas que afetam todos, como o clima ou a paz mundial — é a essência do esforço nas COPs.
Os ministros do Meio Ambiente de países que têm a Amazônia em seu território participaram de um encontro no estande da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). São eles: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
COP30: Durante encontro com ministros do Meio Ambiente de países que têm a Amazônia em seu território, Marina Silva fala sobre ameaçaao multilateralismo.
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Soberania ameaçada
Ao lado do ministro venezuelano, mas sem citar um país específico, a ministra falou sobre solidariedade a governos com a soberania ameaçada.
“Multilateralismo é sinônimo de cooperação, de solidariedade e, sobretudo, de respeito à autodeterminação de cada povo. Nesse sentido, somos todos solidários com qualquer um de nós que seja atacado em sua soberania”, afirmou a ministra.
O ministro do Ecossocialismo da Venezuela, Ricardo Molina, disse que o país está vivendo “condições duras” com uma “ameaça bélica constante”. Mas afirmou que as ameaças não irão avançar porque “o povo venezuelano está preparado para enfrentar qualquer tipo de condição”.
👉🏽 Entenda: o governo Trump protagonizou uma escalada de tensões com o regime Maduro, que prepara táticas de guerrilha contra eventual ataque direto dos EUA.
Colômbia proíbe mineração na Amazônia
A ministra do Meio Ambiente da Colômbia, Irene Vélez Torres, fez um “convite” aos participantes do encontro. Ela afirmou que a Colômbia foi o primeiro país a declarar o seu território amazônico como “zona de reserva de recursos naturais renováveis”, uma zona “livre da mineração”.
Segundo Torres, 42% do território do país é de floresta amazônica.
A ministra colombiana também reforçou a importância de combater o narcotráfico e os crimes ambientais na região.
Encontro no estande da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) reúne ministros do Meio Ambiente da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
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Retorno de comissão especial entre os países
No encontro, os ministros anunciaram o retorno da Comissão Especial para o Clima e Meio Ambiente, um trabalho de cooperação entre os oito países para a preservação da floresta.
No escopo, já estão tecnologias de monitoramento da vegetação.
“Temos um painel técnico-científico voltado para o monitoramento da Amazônia, para servir de base na formulação de políticas públicas tanto em relação à mudança do clima, à biodiversidade, aos recursos hídricos e pesqueiros”, disse Marina.
Fonte: g1
