
Ministério Público cumpre mandados de prisão por sonegação fiscal em posto de combustíveis de Juiz de Fora
Humberto Campos/TV Integração
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) cumpre nesta terça-feira (4) seis mandados de prisão e 16 de busca e apreensão em Juiz de Fora contra uma família investigada por usar um posto de combustíveis para lavar R$ 63 milhões. Há também ordens de sequestro de 26 veículos e sete imóveis.
Segundo o MPMG, os denunciados criaram uma organização criminosa que se utilizava da personalidade jurídica do Posto Central, localizado na Avenida Francisco Bernardino, no Centro, para sonegar impostos e lavar dinheiro. Os suspeitos teriam criado uma empresa de fachada para desviar recursos e enriquecer de forma ilícita.
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O g1 entrou em contato com André dos Santos Policante, advogado de defesa do posto e do sócio-administrador da empresa, Paulo Alexandre Moreira. Ele informou que só vai se manifestar após “tomar ciência de todos os acontecimentos”. A reportagem tenta contato com a defesa dos outros envolvidos, e também aguarda retorno da Secretaria de Justiça e Segurança Pública para saber se Moreira foi levado para o sistema prisional.
A ação faz parte da segunda fase da Operação Fernão de Noronha, conduzida pela Coordenadoria Regional da Ordem Econômica e Tributária (Caoet) com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata.
Grupo é formado por membros da mesma família
Operação Fernão de Noronha deflagrada em Juiz de Fora pelo Ministério Público
Ministério Público de Minas Gerais/Divulgação
Ainda segundo o Ministério Público, o grupo é formado por membros de uma mesma família e teria causado um prejuízo superior a R$ 63 milhões aos cofres públicos de Minas Gerais. A Justiça determinou o bloqueio das contas do grupo até o limite do valor desviado para garantir o ressarcimento ao Estado.
A sonegação começou em 2008 e, ao longo dos anos, permitiu que os suspeitos ampliassem o patrimônio com a compra de imóveis e investimentos em transporte e logística de combustíveis.
Garagens clandestinas para armazenar combustível
A primeira fase da operação ocorreu em 2021. Na época, o MPMG identificou que o grupo movimentava grandes quantias em dinheiro vivo, incompatíveis com a atividade declarada, indício da prática de crimes fiscais.
Os investigadores também encontraram garagens clandestinas usadas para armazenar combustível fora das normas da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o que levantou suspeitas de adulteração e receptação de combustível furtado.
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Além das prisões, o MPMG cumpre ordens de sequestro de 26 veículos e sete imóveis ligados à família investigada.
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Fonte: g1
