Confusão termina com pai e filho mortos em Laranjal do Jari
Brenda Aragão Monteiro e Zenaide de Aragão Monteiro entraram na Justiça contra o Estado do Amapá e pedem indenização de R$ 1 milhão. Elas afirmam que perderam pai, filho e marido em uma ação policial considerada ilegal e desproporcional.
O caso ocorreu em 31 de maio de 2025, durante o “Fest Castanha”, na comunidade de Água Branca do Cajari, em Laranjal do Jari (AP). Segundo a denúncia do Ministério Público, três policiais militares estavam fora de serviço, à paisana e alcoolizados. Eles teriam agredido e executado Jesus de Aragão Monteiro e Silvanildo Pereira Monteiro, pai e filho.
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Testemunhas relataram que Jesus, conhecido como Tibura, corria desarmado quando foi atingido por tiros. Já Silvanildo foi algemado e colocado em uma viatura após ser atingido por balas de borracha. Pouco depois, moradores ouviram uma sequência de disparos.
Um laudo da Polícia Científica do Amapá confirmou a versão. O documento registrou múltiplos tiros, manchas de sangue dentro da viatura usada para transportar os corpos e ausência de sinais de confronto.
A investigação também apontou que Silvanildo foi torturado antes de morrer, atingido por balas de borracha à curta distância, já imobilizado.
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O Ministério Público denunciou os três policiais por homicídio qualificado, tortura e abuso de autoridade. A acusação afirma que eles se aproveitaram da condição de agentes públicos para cometer os crimes, sem dar chance de defesa às vítimas.
Para a defesa das autoras, o caso representa grave violação aos direitos humanos, especialmente ao direito à vida e à dignidade da pessoa.
As autoras pedem indenização de R$ 500 mil para cada uma, totalizando R$ 1 milhão, além de pensão mensal de R$ 3.036,00.
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Reprodução
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Fonte: g1
