Galpão de quadrilha escondia canetas emagrecedoras falsificadas atrás de porta falsa no interior de SP


Operação policial apreende produtos falsificados em galpaõ de quadrilha; entre eles, estavam 200 canetas emagrecedoras falsas
Polícia Civil de Campinas
Em um dos galpões no Jardim Itatinga, em Campinas, comandados pela organização criminosa que movimentou R$ 12 milhões com venda online de produtos falsificados, a Polícia Civil encontrou uma porta falsa que levava a um depósito com 200 canetas emagrecedoras falsificadas.
A operação aconteceu no último dia 30, mas foi revelada pelo delegado Elton Costa nesta terça-feira (11). Além das medicações, foram encontrados outros produtos falsificados, como perfumes, celulares, cartuchos de impressora, aspiradores de pó e roupas — saiba mais aqui.
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As investigações indicam que um grupo atuava de forma estruturada e internacional, utilizando empresas de fachada e identidades de terceiros para movimentar valores expressivos, com indícios de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
O suspeito Gustavo Lupercino de Freitas, um dos responsáveis pela operação comercial, foi preso em flagrante e segue detido preventivamente. Ele responderá pelos crimes de falsificação de medicamentos, contravenção de produtos, sonegação fiscal, crime contra as relações de consumo e crime de estelionato.
O g1 tentou contato com a defesa do suspeito, mas até a publicação desta reportagem não teve resposta.
De acordo com as autoridades, o grupo importava as canetas vazias e a fórmula era produzida no Brasil.
A polícia agora vai investigar como eram produzidas as fórmulas, quem eram os demais integrantes e ramificações da organização criminosa.
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154 perfis falsos
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Segundo o delegado Elton Costa, a organização criminosa possuía 154 perfis falsos, que eram usados para criar lojas virtuais em grandes plataformas de e-commerce, como Mercado Livre, Shopee e Magazine Luiza.
As investigações apontam que o grupo atuava de forma estruturada e internacional, comprando produtos falsificados na China e no Paraguai e revendendo-os no Brasil. A polícia investiga se a organização criminosa possui relação com a facção Primeiro Comando da Capital. Ainda não há confirmação de vínculo.
Além desses perfis, foram descobertas 46 empresas em nomes de terceiros, usadas para movimentar os valores obtidos ilegalmente.
“Verificamos que todas essas contas que foram encontradas ali eram operadas em nome de pessoas que não sabiam que seus nomes estavam sendo utilizados, ou seja, frutos de falsificação e de estelionato”, explicou o delegado Elton Costa, responsável pelo caso.
Investigação
Polícia apreendeu Porsche Macan e produtos falsos em galpões e mansões em Campinas
Polícia Civil
A primeira operação aconteceu no dia 30 de outubro, quando policiais do 6º Distrito Policial de Campinas encontraram um galpão no Jardim Itatinga com uma série de produtos contrabandeados, tais como celulares, perfumes, canetas emagrecedoras e cartuchos de impressoras.
“Esses telefones celulares eram vendidos de forma unitária e eram dentro de um processo de produção daquele próprio galpão, colocados em caixas, selados e colocados todos os lacres, como se fosse um produto que entrou validamente aqui dentro do país. Pois bem, já demonstra que se trata de produtos importados de forma ilegal”, contou o delegado Elton Costa.
“Após isso, encontramos ali uma série de perfumes importados que não são validados aqui dentro do país, que não têm o selo da Anvisa, e também perfumes especificamente falsificados”, continuou o delegado. A polícia também apreendeu um carro de luxo Porsche Macan.
Gustavo Lupercino de Freitas foi identificado como o sócio principal de uma organização criminosa que opera em uma série de estados brasileiros.
Ele foi preso em flagrante no dia 30 de outubro pelos crimes de falsificação de medicamentos, contravenção de produtos, sonegação fiscal, crime contra as relações de consumo e crime de estelionato. O suspeito segue preso preventivamente.
O g1 tentou contato com a defesa do suspeito, mas até a publicação desta reportagem não teve resposta.
Segunda fase da operação
A partir de informações obtidas na primeira operação, a polícia cumpriu, nesta segunda-feira (10), mandados de busca e apreensão em seis locais diferentes — três galpões logísticos no Jardim Itatinga e três imóveis, dois em condomínios do complexo Swiss Park e um no Jardim Magnólia.
Foram apreendidos novos celulares, computadores, documentos empresariais e grande quantidade de produtos, entre eles perfumes importados sem registro, tintas de impressora, roupas falsificadas e equipamentos eletrônicos.
Em alguns locais também foram encontrados itens com embalagens de plataformas de vendas online, que comprovaram o uso de lojas virtuais falsas para a revenda dos produtos.
As investigações indicam que o grupo atuava de forma estruturada e internacional, utilizando empresas de fachada e identidades de terceiros para movimentar valores expressivos, com indícios de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
Os objetos apreendidos serão encaminhados para perícia e análise técnica, e as investigações seguem com o objetivo de identificar todos os integrantes e ramificações da organização criminosa.
Policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em três galpões e três imóveis no Swiss Park
Polícia Civil de Campinas
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Fonte: g1