O Departamento de Estados dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (13) que classificou o movimento Antifa alemão e outros três grupos europeus como organizações terroristas globais. Membros dessas entidades sofrerão uma série de restrições.
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🔎 O termo “Antifa” é uma abreviação de antifascismo. Os primeiros movimentos organizados do tipo surgiram na Itália e na Alemanha, entre as décadas de 1920 e 1930, em oposição a Benito Mussolini Adolf Hitler.
No dia 22 de setembro, o presidente Donald Trump já havia assinado uma ordem executiva para designar o movimento Antifa como uma “organização terrorista doméstica”. No entanto, essa ordem só tinha efeito dentro dos Estados Unidos.
Agora, com a nova medida, os Estados Unidos ampliaram as restrições para movimentos que estão fora do país.
Além do Antifa, também foram alvos da ação:
Federação Anarquista Informal/Frente Revolucionária Internacional
Justiça Proletária Armada
Autodefesa de Classe Revolucionária
Durante o primeiro mandato de Trump, os antifas ganharam destaque após protestos em 2020 contra a morte de George Floyd — homem negro que morreu quando um policial se ajoelhou sobre o pescoço dele.
Na época, Trump já havia ameaçado classificar o grupo como terrorista, mas recebeu críticas de organizações de direitos civis. Especialistas também questionaram se o presidente teria poder para fazer essa designação.
O que são os Antifas
Historicamente, os grupos antifas lutam contra o racismo e o sexismo, além de adotarem discursos anticapitalistas. Analistas costumam classificá-los como de esquerda ou extrema esquerda, embora os integrantes se apresentem apenas como oposição à ideologia de extrema direita.
Os antifas não buscam representação eleitoral nem influência no Congresso. O grupo, no entanto, costuma adotar métodos semelhantes aos dos anarquistas, que incluem destruição de propriedades privadas e confrontos físicos com opositores.
Especialistas afirmam que o Antifa é uma entidade doméstica e, por isso, não pode ser incluído na lista de organizações terroristas estrangeiras do Departamento de Estado — que inclui grupos como Estado Islâmico e al-Qaida. Em tese, o movimento estaria protegido pelas garantias de liberdade de expressão previstas na Constituição.
Nos Estados Unidos, os antifas já receberam críticas tanto do partido Republicano, de Trump, quanto do Democrata, devido à violência em protestos.
Atualmente, os EUA atravessam o período mais prolongado de violência política desde a década de 1970, segundo a Reuters. A agência documentou mais de 300 casos de atos violentos motivados politicamente desde que apoiadores de Trump atacaram o Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
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Charlie Kirk
Charlie Kirk tinha 31 anos e foi baleado no pescoço enquanto participava de um evento ao ar livre na Universidade Utah Valley, em 10 de setembro. Tyler Robinson, de 22 anos, foi preso quase dois dias depois suspeito de cometer o crime.
A aparição de Kirk na universidade de Utah era a primeira de uma turnê que passaria por 15 instituições de ensino americanas. Antes de ser baleado, Kirk estava sentado no que ele chama de mesa “Me prove que estou errado” para responder às perguntas da plateia.
Kirk era fundador do grupo estudantil conservador Turning Point USA e teve papel central na mobilização do apoio jovem a Trump nas campanhas presidenciais de 2016 e 2024. Seus eventos em universidades de todo o país costumavam atrair grandes multidões.
Em seus discursos, Kirk se apresentava como defensor de valores cristãos, do livre mercado e alinhado ao movimento Make America Great Again (MAGA). Ele também era defensor de armas, duvidava do aquecimento global e era crítico da esquerda.
Após a vitória republicana nas eleições de 2016, Kirk se tornou presença constante na Casa Branca e ganhou destaque na mídia. Ele também passou a integrar o circulo íntimo da família Trump, tendo influência em decisões políticas do grupo.
Charlie Kirk
Reprodução/Fantástico
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Fonte: g1 > Mundo
