Ivan Lins recebe o ‘Prêmio à Excelência Musical’ no Mandala Bay, em Las Vegas (EUA), na noite de domingo, 9 de novembro
David Becker /Getty Images for The Latin Recording Academy
♫ ANÁLISE
♬ Na noite de ontem, 9 de novembro, Ivan Lins recebeu nos Estados Unidos uma honraria justa que nunca lhe foi concedida no Brasil. O cantor, compositor e pianista carioca recebeu no palco do Mandala Bay, em Las Vegas (EUA), o tradicional Prêmio à Excelência Musical do Grammy Latino.
Em bom português, Ivan foi laureado na Special awards presentation do 26º Grammy Latino pelo conjunto monumental de obra que completa 60 anos em 2025 se levado em conta que o artista entrou em cena em 1965 como pianista do Alfa Trio, cinco anos de alcançar projetação nacional em festival de 1970, ano em que ninguém menos do que Elis Regina (1945 – 1982) propagou em escala nacional o então inédito samba Madalena, parceria de Ivan com Ronaldo Monteiro de Souza.
O Grammy Latino nada mais fez do justiça a Ivan Lins, compositor (melodista) extraordinário, arquiteto de obra construída com influências da música de Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), do jazz, do samba e dos sons do interior do Brasil. Um desbravador de belos caminhos harmônicos.
Ivan Lins se tornou, ao longo dos anos 1970, um dos gigantes da MPB. Suprassumo dessa obra, a parceria de Ivan com o letrista paulista Vitor Martins apareceu nos álbuns Modo livre (1974) e Chama acesa (1975), alcançando o auge no lote formado pelos álbuns Somos todos iguais nessa noite (1977), Nos dias de hoje (1978), A noite (1979) e Novo tempo (1980), grandes e coesos discos que figuram entre o que de melhor se produziu na música brasileira nos anos 1970.
Contudo, Ivan Lins jamais perdeu a forma ao longo das décadas de 1980 e 1990. A partir dos anos 2000, a produção autoral do compositor ficou bem mais espaçada, mas a qualidade e a assinatura da obra jamais se perderam na poeira da estrada.
O conjunto da obra de Ivan Lins é a prova incontestável da excelência musical do artista.
Fonte: g1 > Pop & Arte