Homem é preso por suspeita de matar rapaz que saiu de casa de pijama no PR, confessa crime e diz ser serial killer, afirma delegado


Preso por suspeita de matar rapaz que saiu de casa de pijama confessa crime
Um homem de 23 anos foi preso na tarde desta quarta-feira (5) por ser suspeito de matar Danilo Roger Bido Ferreira, de 32 anos, em Iporã, no noroeste do Paraná. Segundo o delegado Luã Mota, o homem confessou o crime, disse ser um serial killer e afirmou ser responsável por outros três assassinatos na cidade.
Danilo saiu de casa de pijama na madrugada do dia 31 de agosto, dizendo à mãe que ia buscar um carregador de celular na casa de uma amiga. O corpo dele foi encontrado na manhã do mesmo dia, em uma estrada rural da cidade. De acordo com o laudo da Polícia Científica, Danilo foi assassinado com 18 facadas. Relembre o caso abaixo.
No dia 10 de outubro, a policia informou que um amigo de Danilo havia sido preso temporariamente por ser suspeito de envolvimento no crime. Contudo, após as investigações e a nova prisão, o jovem de 24 anos será solto, conforme o delegado.
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Em depoimento, o suspeito preso nesta quarta-feira, disse que atraiu Danilo para ter uma relação amorosa. Quando a vítima chegou ao local combinado, foi assassinada pelo homem, segundo o delegado.
Depois disso, o suspeito contou que foi caminhando para casa. Ele também confessou que a roupa e os tênis usados por ele no crime foram queimados dentro do imóvel.
Contudo, ele indicou que a faca usada para matar Danilo estava escondida embaixo do colchão. Com um mandado de busca e apreensão, a polícia conseguiu encontrar e apreender o item.
De acordo com o delegado, o suspeito disse que agiu sozinho em todas as etapas do crime.
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Danilo Roger Bido Ferreira, de 32 anos, foi encontrado morto em Iporã.
Redes sociais/Reprodução
Suspeito também disse ter matado outras três pessoas na cidade
Mota contou que durante o depoimento, o homem confessou que também foi o responsável por matar outras três pessoas em Iporã, em 2025.
“Todos esses homicídios foram ocorridos ali no bairro onde o investigado mora num raio próximo e a Polícia Civil agora vai adotar diligências para realmente identificar se foi ele mesmo o autor desses outros três homicídios”, disse o delegado.
A polícia não informou se o homem tinha algum padrão para “escolher” as vitimas e nem a motivação do assassinato de Danilo.
A Polícia Civil continua investigando o caso e algumas diligências ainda deverão ser realizadas, segundo Mota. Após isso, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Amigo de Danilo havia sido preso anteriormente
Quando foi preso por suspeita de envolvimento no crime, o amigo de Danilo foi transferido a uma unidade prisional em outra cidade – que não foi compartilhada.
Na época, o delegado informou que, por Danilo ter saído de casa de pijama, a suspeita era de que ele havia se encontrado com alguém do circulo social.
“Inúmeras oitivas de pessoas próximas, familiares, amigos, todos afirmaram que Danilo era uma pessoa bastante vaidosa e não sairia da de casa de qualquer forma. Ele gostava de se arrumar e pra ele sair da forma que ele saiu, com roupa de dormir, provavelmente seria alguém do círculo social dele”, explicou Mota.
Relembre o caso:
Quem era Danilo?
Momentos antes do crime
Cena do crime
Quem era Danilo?
Danilo Roger Bido Ferreira, de 32 anos, foi encontrado morto em Iporã.
Cedidas pela família
Danilo trabalhava como multiplicador em uma empresa de pesquisa e desenvolvimento científico, em Toledo, no oeste do Paraná – cidade a 103 quilômetros de distância de Iporã –, mas visitava a família todos os meses.
Conforme apurado pela polícia, ele não tinha antecedentes criminais ou desavenças. O jovem foi descrito por familiares como uma pessoa pacífica, carinhosa e respeitosa.
“O Danilo era uma pessoa de luz, ajudava todo mundo, carinhoso, alegre, sorridente. Ele também nunca teve intriga com ninguém, sempre foi na dele, um menino muito respeitoso, cuidava muito da mãe dele”, disse a prima Kamila Bido Demetrio.
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Momentos antes do crime
Na noite de 30 de agosto, Danilo participou de um evento. Testemunhas relataram à família que ele parecia nervoso e mexia muito no celular. Por volta da meia-noite, ele chegou à casa da mãe, em Iporã.
Cerca de meia hora depois, já de pijama, Danilo disse para a mãe que precisava sair para buscar um carregador de celular na casa de uma amiga. Ela tentou impedir, dizendo que já era tarde, mas o jovem insistiu.
Danilo Bido e a mãe, Zilda Bido.
cedida
Segundo o delegado Luã Mota, essa foi uma desculpa usada pela vítima para sair de casa. Durante a investigação, foi possível apurar que a amiga citada pela vítima não estava na cidade.
Às 01h33, Zilda tentou ligar para o filho, mas a chamada foi atendida e desligada em seguida. A última atividade registrada no celular foi às 00h57.
“Eu falei ‘não, meu filhinho, não vai, já está tarde”. Danilo disse que iria, sim, porque não queria ficar sem conexão com a internet [..] Depois, eu comecei a ligar e ligar e não atendeu mais. Aí fiquei nervosa, tomei remédio para dormir. Acordei 4h e estava do mesmo jeito, ele olhou [o aplicativo de mensagens] 00h57. Daí não consegui dormir mais. Aí foi à procura constante. Fiquei com a minha amiga rua acima e rua abaixo procurando. Até que veio 9h a notícia”, a mãe lembra., em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná.
Cena do crime
Na manhã do dia 31 de agosto, um casal que passava pela Estrada Jandaia, na zona rural de Iporã, encontrou o corpo de Danilo e acionou a Polícia Militar.
Ele foi encontrado a cerca de 100 metros de distância do carro dele, em uma área rural a aproximadamente três quilômetros da casa da mãe.
O veículo estava com manchas de sangue e o celular da vítima não foi encontrado. O corpo de Danilo estava com marcas de facada.
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Fonte: g1