
Moto aquática foi apreendida durante a operação “Êxodo”, em Juiz de Fora
Polícia Civil/Divulgação
Duas lanchas, três motos aquáticas, três armas de fogo, dois simulacros de pistola, além de drogas, veículos, um rádio comunicador e R$ 21 mil em espécie foram apreendidos pela Polícia Civil durante a operação Êxodo, que prendeu sete pessoas suspeitas de integrar o Comando Vermelho em Juiz de Fora.
Os mandados foram cumpridos em Juiz de Fora e Ubá e nas cidades de Cabo Frio e Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Todos os suspeitos têm relação com Juiz de Fora, segundo a PC. Dentre os detidos, estão duas mulheres. Nomes e idades não foram divulgados.
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A ação, realizada na terça-feira (4), também cumpriu 24 mandados de busca e apreensão e revelou que o grupo teria movimentado cerca de R$ 30 milhões em dois anos, por meio de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Segundo a polícia, o esquema criminoso tinha como principal região de atuação o Bairro Linhares, considerado estratégico pela proximidade com unidades prisionais de Juiz de Fora.
Operação Êxodo cumpriu 7 mandados de prisão em Juiz de Fora, Cabo Frio e Arraial do Cabo
Polícia Civil/Divulgação
“O Linhares é um bairro estratégico para a organização pela proximidade do presídio e com as lideranças que estão presas ali. A gente já vem monitorando esse pessoal há algum tempo e a operação de hoje foi um desdobramento de operação anterior já realizada que eles [alvos] também lavavam dinheiro para o tráfego, especificamente o Comando Vermelho”, explicou o delegado Márcio Rocha.
Operação planejada há 10 meses
Além dos bens de alto valor, os agentes localizaram rádios comunicadores e materiais diversos que, segundo os delegados Márcio Rocha e Bruno Wink, reforçam a estrutura logística da facção na região.
A operação envolveu cerca de 80 policiais em Minas e foi planejada ao longo de dez meses.
Ainda conforme o delegado Márcio Rocha, a ação também tem relação com a operação ‘Genesis 3:19’, realizada em junho do ano passado em Juiz de Fora, que terminou na prisão de quatro pessoas das mesma família por suspeita de agiotagem e ameaças.
Carro aprendido durante a operação “Êxodo” da Polícia Cvil
Polícia Civil/Divulgação
Segundo ele, a operação em Juiz de Fora não tem relação direta com a megaoperação realizada contra integrantes do Comando Vermelho nos complexos da Penha e Alemão, no Rio de Janeiro, na semana passada, mas foi desencadeada em “momento oportuno”.
Ele ainda ressaltou as ações realizadas em Juiz de Fora no combate à facção, que não têm controle territorial armado em nenhum ponto da cidade.
“Queremos tranquilizar a população de Juiz de Fora e a população de Minas quanto a essa migração de faccionados. Em Minas Gerais, não existe controle territorial armado. Aqui a polícia entra, em qualquer lugar, a qualquer hora”.
“E essa operação foi oportuna, a gente quis dar esse recado, que a gente está monitorando qualquer movimentação de organização criminosa, de faccionados. A gente está constantemente monitorando e prendendo esses membros, os seus membros de inflação criminosa”, destacou.
Delegados Márcio Rocha e Bruno Wink participaram da operação Êxodo
Wesley Barbosa/TV Integração
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Fonte: g1
