MG chega ao Brasil com elétrico esportivo de portas para cima que beira meio milhão
Com alma britânica e investimento totalmente chinês, a MG é uma nova marca de carros que estreia no Brasil (veja mais abaixo). Os primeiros modelos são 100% elétricos e chamam atenção pela esportividade e pelo preço, que pode chegar perto de meio milhão de reais.
O primeiro e mais acessível dos lançamentos é o MG4, um hatch médio com preço próximo ao de SUVs elétricos maiores, como o Geely EX5 (R$ 205,8 mil) e o BYD Yuan Plus (R$ 235,9 mil).
O MG4 compensa o porte menor e o preço mais alto com um acabamento de personalidade marcante e linhas retas, que conferem um ar de esportividade ausente em outros modelos chineses.
MG MG4
A esportividade também se reflete nos dois motores, que atuam com tração integral e somam 435 cv de potência — mais que o dobro dos modelos citados acima.
A bateria, por outro lado, oferece uma autonomia um pouco abaixo do esperado: 279 km com carga completa. Ela tem capacidade de 64 kWh e pode ser recarregada de 30% a 80% em cerca de 22 minutos.
O MG4 chega ao Brasil em versão única, com preço sugerido de R$ 224.800.
O segundo lançamento é o MGS5, um SUV que deixa de lado o visual esportivo e aposta em formas mais arredondadas, com poucas linhas retas.
MG MGS5
Mesmo com proporções maiores e mirando em SUVs a combustão, como o Jeep Compass, o modelo tem comportamento mais contido. O motor único, instalado no eixo traseiro, entrega 305 cv e 35,7 kgfm de torque.
Por contar com apenas um motor, o consumo de energia é bem menor e isso significa mais quilômetros rodados. A autonomia é de 351 km por carga completa, que pode ser recarregada de 10% a 80% em cerca de 26 minutos.
Assim como o design, claramente inspirado em outros modelos chineses, a lista de equipamentos segue o padrão dos carros asiáticos:
Central multimídia de 12,8 polegadas;
Central com aplicativos que dispensam pareamento com celular, como YouTube, Tiktok e Spotify;
Painel de instrumentos de 10,25 polegadas;
Câmera em 360 graus;
Carregador de celular por indução;
Piloto automático adaptativo;
Controle remoto de funções do carro por aplicativo.
O preço sugerido do MGS5 é de R$ 219.800.
MG Cyberster é a cereja do bolo
Entre os lançamentos, o modelo que mais chama atenção é o Cyberster — seja pelo nome pouco comum, seja pelo visual de roadster esportivo. Ele é o mais caro e potente da linha, com preço sugerido de R$ 499.800.
O modelo traz dois motores elétricos — um em cada eixo — que garantem tração integral. Juntos, entregam 510 cv de potência e 73,9 kgfm de torque. A aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em apenas 3,2 segundos, superando os 3,4 segundos do superesportivo Porsche 911 GT3.
MG Cyberster
Os freios Brembo estão entre os destaques do conjunto e ajudam a conter a força do carro. A autonomia é de 342 km por carga completa, e a recarga vai de 10% a 80% em cerca de 38 minutos, usando um carregador rápido de 150 kW.
O interior traz três telas. Uma delas fica entre o motorista e o passageiro e é dedicada exclusivamente ao controle do ar-condicionado — sim, uma tela apenas para ajustar a temperatura.
Assim como os esportivos que serviram de inspiração, o Cyberster tem espaço apenas para duas pessoas e é conversível. Parte do porta-malas é ocupada pelo compartimento da capota.
E, sim, o Cyberster segue a tradição dos esportivos dos anos 1980 e 1990, com portas que se abrem para cima.
Quem é a MG?
A MG nasceu no Reino Unido em 1924 e ficou conhecida por produzir veículos icônicos. Desde 2006, faz parte da SAIC Motor, multinacional chinesa fundada em 1940.
Com isso, a MG se junta ao grupo de marcas chinesas que desembarcaram recentemente no Brasil, como BYD, GWM, Zeekr, Geely, GAC e Leapmotor.
Na China, a SAIC Motor mantém algumas das parcerias internacionais mais duradouras do setor. Primeiro com a Volkswagen e, depois, com a General Motors. Dessa última colaboração surgiram modelos como Chevrolet Onix, Tracker e Montana.
No caso do Onix, o modelo foi desenvolvido a partir de uma plataforma conjunta entre Chevrolet e SAIC, que também compartilha engenharia e outros componentes com o hatch, mesmo sendo produzido em Gravataí (RS).
Fonte: g1
