Um militar reformado foi preso em flagrante no bairro Parolin, em Curitiba, na manhã desta quinta-feira (13). Em termos militares, a reforma significa um afastamento do serviço definitivo e irrevogável.
O nome do suspeito não foi divulgado.
A prisão fez parte de uma operação coordenada pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (DESARME), do Rio de Janeiro, contra o tráfico de armas.
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De acordo com as investigações, o militar foi identificado em interceptações telefônicas negociando armas com facções criminosas do RJ.
Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão na residência do suspeito, a Polícia Civil do Paraná (PC-PR) encontrou armas, grande quantidade de munições e equipamentos utilizados para a fabricação de armamento artesanal.
Segundo o delegado Rodrigo Brown, o militar reformado tem antecedentes criminais e chegou a ser preso pela Polícia Federal (PF), em outra ocasião, também por envolvimento com a venda ilegal de munições.
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Investigação no RJ
Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a investigação teve início a partir da análise técnica de dados extraídos de dispositivos eletrônicos apreendidos em fase anterior da operação, submetidos à perícia digital.
“O conteúdo analisado revelou um expressivo volume de comunicações, trocas de arquivos e registros audiovisuais, demonstrando a existência de negociações frequentes e sistemáticas de artefatos bélicos de uso permitido e restrito, além de insumos destinados à recarga e montagem de munições”.
No decorrer da apuração, foi possível identificar relações estáveis de colaboração entre fabricantes, intermediários e compradores, que atuavam na produção de munições de calibres diversos e na comercialização de fuzis e metralhadoras de fabricação artesanal. As mensagens interceptadas e os registros financeiros evidenciam lucros elevados (entre 100% e 150%), bem como o uso de transportadoras privadas para o envio clandestino de armamentos, com orientações expressas sobre dissimulação do conteúdo e ocultação da identidade do remetente.
Os agentes descobriram, ainda, a existência de pontos de fabricação e armazenamento, onde eram mantidos ferramentas, peças de reposição, insumos e equipamentos de recarga. Parte das armas produzidas ou adquiridas irregularmente foi distribuída a terceiros, sem controle legal.
*Reportagem em atualização.
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Fonte: g1
