
O que as COPs já conseguiram na prática?
O Acordo de Paris, assinado em 2015, é considerado um dos maiores marcos da luta global contra as mudanças climáticas.
Naquele ano, quase 200 países se comprometeram a limitar o aquecimento do planeta a bem abaixo de 2 °C, com o objetivo ideal de 1,5 °C.
Mas chegar a esse consenso exigiu mais de duas décadas de negociações nas Conferências do Clima, conhecidas como COPs.
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Realizadas anualmente desde 1995, as COPs (sigla para Conference of the Parties) reúnem os países com direito a voto nas negociações da ONU sobre clima.
É nesses encontros que são definidas metas, tratados e mecanismos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e enfrentar os impactos da crise climática.
a COP 30 e nosso futuro
Entre as principais conquistas está o Protocolo de Kyoto, de 1997, o primeiro acordo com metas obrigatórias de redução de emissões.
Ele também criou o primeiro mercado internacional de carbono, que abriu caminho para sistemas de compensação climática.
Mesmo assim, o pacto teve limitações: os Estados Unidos, maiores emissores da época, nunca o ratificaram, e os países em desenvolvimento não foram obrigados a adotar metas específicas.
A virada veio anos depois, com a COP21, em Paris. Diferente de Kyoto, o Acordo de Paris permitiu que cada país definisse suas próprias metas, conhecidas como NDCs, e as revisasse periodicamente.
Desde então, mais de 110 países prometeram zerar suas emissões líquidas até 2050, um avanço inédito, embora ainda distante do necessário para frear o aquecimento.
Como funcionam as discussões da COP, a conferência do clima da ONU
Um segurança é visto ao lado de placa da COP27 durante a plenária de encerramento da cúpula.
REUTERS/Mohamed Abd El Ghany/File Photo
Outros marcos se seguiram. Na COP26, em 2021, os países mencionaram pela primeira vez a necessidade de reduzir o uso do carvão e concordaram em cortar as emissões globais em 45% até 2030.
Na COP27, surgiu o Fundo de Perdas e Danos, criado para compensar países que já sofrem com desastres climáticos.
Em 2023, durante a COP28, os governos reconheceram oficialmente a necessidade de “se afastar dos combustíveis fósseis”, um avanço histórico nas negociações da ONU.
E na COP29, em 2024, os países decidiram triplicar o financiamento climático para nações em desenvolvimento, com a meta de US$ 300 bilhões por ano até 2035.
Brasil levou a maior delegação oficial entre os 119 países que participaram, com 572 pessoas, seguida pelo país-sede, Dinamarca (527), China (333), Estados Unidos (274) e Grã-Bretanha (211)
Reuters arquivo
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Fonte: g1
