‘Voando pro Pará’: Conheça os pontos turísticos de Belém que estão na música de Joelma
Belém está repleta de visitantes esta semana por causa da COP 30. Com a chegada do fim de semana, quem quiser aproveitar para conhecer melhor alguns dos espaços turísticos da capital paraense pode contar com este guia do g1, principalmente para domingo, que não tem programação oficial na Blue Zone.
A cidade está com diversos espaços com programações de cultura, conhecimento e lazer até o fim da COP, a maioria paralelas às programações dos espaços oficiais da evento da Onu no Parque da Cidade (a Blue Zone e a Green Zone).
Mas há ainda os tradicionais parques, museus, mercados e mais locais que podem render boas lembranças da visita à atual capital brasileira, além, claro, de belas praias de água doce.
Alguns pontos de Belém foram ressaltados na música “Voando pro Pará”, que se tornou viral em 2023. Além de alguns costumes, como tomar café com pupunha, ver o clássico do futebol Re-PA, trechos da música fizeram com que o público ficasse curioso para conhecer Belém.
Veja os locais mencionados na música e outras ações de Belém no guia abaixo:
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🏺 Complexo Ver-o-Peso
Vista área do Ver-o-Peso e da área da cidade velha, em Belém
Janaína Arielo/Prefeitura de Belém
Considerada a maior feira a céu aberto da América Latina, o Ver-O-Peso, localizado no centro de Belém, tem 398 anos de muitas histórias, cheiros, sons e sabores.
A feira é um complexo arquitetônico e paisagístico de 25 mil metros quadrados, com uma série de construções históricas, entre elas o Mercado de Carne, Mercado de Ferro, Pedra do Peixe, Praça do Relógio.
Turistas que vieram para a COP 30 sentem na pele o calor de Belém
Os tradicionais boxes do Veropa, como também e chamado, estão entre os locais mais procurados desde a Cúpula de Líderes, mas o grande complexo não se limita apenas aos boxes de alimentação, frutas, verduras e as erveiras e abrange a doca de embarcações, a Feira do Açaí, além de ter um diversificado cheiro de frescor e muita ventania.
🗺️ Estação das Docas
Estação das Docas
Divulgação
Ao lado do Veropa está a Estação das Docas, um dos principais pontos turísticos de Belém, com 25 anos de funcionamento. No local, o visitante encontra um espaço que oferece uma experiência completa com os principais componentes da cultura e gastronomia da Amazônia.
O espaço, que funciona às margens da baía do Guajará, ocupa um antigo porto revitalizado e reúne diversos restaurantes, sorveterias, lojas de artesanato e áreas para exposições. A vista é um dos destaques, especialmente ao fim da tarde.
O local funciona até 1h e é uma opção tanto para almoço quanto para passeios à noite. Sorveterias famosas ficam no complexo com sabores muito procurados como o carimbó (cupuaçu com castanha) e o mestiço (tapioca com açaí), já premiados internacionalmente. E o melhor: os visitantes podem experimentar alguns sabores antes de escolher.
Também é possível fazer um passeio de barco que sai da Estação, às 15h ou às 17h30. O tour dura cerca de 1h30.
😋 Porto do Futuro
No espaço próximo à Estação das Docas, há o Porto do Futuro II, um dos locais inaugurados com a chegada da COP, com complexo de armazéns.
Complexo Porto Futuro II abriga parque voltado à bioeconomia amazônica.
Marcus Passos/g1 Pará
Ali há o Armazém da Gastronomia, situado no galpão 4 do recém-revitalizado Complexo Porto Futuro. São ainda mais opções de restaurantes e outros estabelecimentos.
No local também funciona o Museu das Amazônias, com práticas museológicas inovadoras, inclusivas e conectadas aos territórios. O espaço está com duas grandes exposições: “Amazônia”, de Sebastião Salgado, inédita no Norte do Brasil, e “Ajurí”, mostra colaborativa com artistas amazônidas e nacionais.
Museu da Amazônia é inaugurado no Porto Futuro II
Ainda no Porto do Futuro também há o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, nos Armazéns 5 e 6, que também conta com programação paralela à COP. O local foi construído em dois armazéns: um dos espaços abriga o parque industrial e o outro é um ambiente de negócios com espaços de coworking e incubação de startups de bioeconomia.
Theatro da Paz
Theatro da Paz por dentro
Agência Pará
Com 147 anos de história, o Theatro da Paz é considerado um dos Teatros-Monumentos do País. Foi fundado em 15 de fevereiro de 1878, durante o período áureo do Ciclo da Borracha, quando ocorreu um grande crescimento econômico na região amazônica.
Atualmente, é o maior Teatro da Região Norte e um dos mais luxuosos do Brasil e está sendo avaliado para entrar na Lista do Patrimônio Mundial Cultural da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O resultado eve sair em 2026.
🐥 Mangal das Garças e zoobotânicos
Mangal das Garças, em Belém
Bruno Cecim / Agência Pará
Reconhecido nacionalmente por aproximar o público das belezas naturais da Amazônia, o Mangal das Garças tem 20 anos de funcionamento. O parque público estadual tem um borboletário, animais e plantas locais, além de um mirante, onde é possível ver a região do alto e também um trapiche que permite chegar na beira do rio.
A entrada é de graça e tem algumas atrações pagas a partir de R$ 7, como o borboletário e o elevador panorâmico, um dos poucos locais onde é possível Belém do alto, visto que toda a região é plana.
Há dois restaurantes no local, um mais requintado e outro mais em conta que tem no cardápio o tradicional peixe frito com açaí, café e tapioca. Inclusive, enquanto você se alimenta, alguma garça pode se aproximar para ganhar um pedacinho.
Vale ir também próximo ao horário da alimentação das garças no Mangal, por volta das 10h e das 15h, pois dezenas de garças voam ao mesmo tempo no local para ganhar um pedacinho de peixe do cuidador.
Museu Emíio Goeldi
Museu Emílio Goeldi inaugura espaços para discussões climáticas durante a COP30
O museu paraense Emílio Goeldi é um dos mais antigos do Brasil. No espaço federal fica o Parque Zoobotânico com mais de 130 anos, o primeiro do país e da Amazônia. A entrada tem preço acessível.
Na área há trilhas com muito verde no meio da cidade, incluindo uma grande samaumeira, árvore conhecida como rainha da Amazônia e também animais, muitos resgatados.
O local recebeu a visita do Príncipe Willian durante a Cúpula de Líderes. O Museu está com exposições agora também no período da COP. Fica na Avenida Magalhães Barata e caso queira ir na Basílica depois, da pra ir a pé, pois é perto.
Parque do Utinga
Canoagem é o mais novo atrativo turístico do Parque Estadual do Utinga em Belém.
Amazônia Aventura/Divulgação
Com mais de 1,3 mil hectares, o Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, em Belém, é uma das maiores Unidades de Conservação (UC) de Proteção Integral em regiões metropolitanas do Brasil. O Parque abriga uma grande quantidade de animais, como aves, peixes, insetos e répteis, além de espécies da flora amazônica.
O local está funcionando todos os dias de novembro e tem opções de lazer, como trilhas para caminhadas e passeios de bicicleta, além de opções de diversão pagas, como passeio em boia e caiaque.
🛡️ Forte do Presépio
Complexo Feliz Lusitânia inclui o forte do presépio, primeira edificação de Belém
Oswaldo Forte / O Liberal
O Complexo Feliz Lusitânia é um dos mais belos em Belém. Ali há o Forte do Presépio, a Casa das 11 janelas, a Catedral Metropolitana de Belém, uma ladeira histórica, além de casarios, a pequena Igreja Santo Alexandre e uma praça com inúmeros carrinhos oferecendo água de coco.
O Forte do Presépio foi erguido no ano de 1616. Dali partiram as primeiras ruas e demais construções do núcleo inicial da cidade. O Forte passou por restauração e reformas, sendo readequado para uso museológico no início dos anos 2000.
No local, os moradores e turistas podem visitar um museu voltar no tempo e recordar as origens da criação de Belém.
No entorno deste complexo está o bairro Cidade Velha, que como o noem diz, é um dos mais antigos em Belém, o que justifica as ruas muito estreitas e o casario antigo.
🥣Ilha do combu
A Ilha do Combu é um dos locais mais procurados . É uma das ilhas de Belém, cheia de restaurantes e de comunidade ribeirinha. É necessário ir e voltar de barco, exigindo um pouco mais de tempo na agenda.
Ilha do Combu, há 15 minutos da capital, é destino para quem quer aproveitar final do mês
O barco leva cerca de 15 minutos para atravessar e sai do terminal da Praça Princesa Isabel. O valor é R$ 20 ida e volta por pessoa. Na ida já dão o papel da volta. Então, guarde bem para não perder.
Quando pegar o barco, o ideal é que já diga em qual restaurante pretende descer, para o piloto e “cobrador” saberem onde parar. Mas se mudar de ideia no caminho, é só falar. Eles andam em alta velocidade nas lanchas. Então se sentar mais atrás, vai molhar um pouco. O uso de colete é obrigatório
Enquanto estiver nos restaurantes, é uma boa pedida provar o tambaqui assado, que serve bem duas pessoas. enquanto aguarda o preparo, dá até para tomar banho de rio.
Na volta, dá para passar em na Casa do chocolate e conhecer Dona Nena, liderança importante entre os ribeirinhos. O local foi visitado pela Rainha da Dinamarca esta semana e o local é o mesmo visitado por Emmanuel Macron quando esteve em Belém pela primeira vez, ano passado. No local são produzidos chocolates com cacau criado em várzea, um diferencial da produção na Amazônia.
Outeiro e Icoaraci
Moradores de Outeiro e Icoaraci param para apreciar transatlânticos atracados
Outeiro é uma ilha de Belém que tem também praias, sendo as mais conhecidas a praia do Amor, Praia Grande e da Brasília. Todas elas tem sombra e restaurantes. É lá que estão atracados dois navios que estão servindo de hospedagem na COP 30.
Ela fica ao lado de Icoaraci, um dos distritos de Belém, a cerca de 20 quilômetros do centro da capital.
De frente para o sol e às margens do rio Paracuri, Icoaraci reúne pontos turísticos e manifestações culturais marcantes. Um dos símbolos do distrito é a feira do Paracuri, parada obrigatória para quem visita a região.
Icoaraci se destaca por expressões artísticas como a capoeira, praticada em vários espaços comunitários do distrito, mas é conhecida principalmente pelo artesanato em cerâmica — uma tradição que reproduz peças inspiradas em antigas culturas indígenas, especialmente marajoara e tapajônica – veja no vídeo abaixo.
Feita de barro e história: a arte marajoara que representa o Pará na COP 30
Cotijuba
Vista aérea da Praia Vai Quem Quer, em Cotijuba, a mais movimentada da Ilha
Marcio Nagano/O Liberal
Localizada às margens da baía do marajó, a ilha de Cotijuba fica próxima a Belém e tem acesso por via fluvial. A chegada é feita exclusivamente de barco, em linhas que partem diariamente da capital, do bairro Icoaraci.
O trajeto, de cerca de 22 km, permite apreciar paisagens naturais, áreas de mata preservada e a rotina das comunidades ribeirinhas.
Com aproximadamente 20 km de praias de água doce, a ilha atrai visitantes em busca de tranquilidade.
Cotijuba tem cerca de 8 mil moradores e mantém um clima pacato, marcado pela vida simples e pelo contato direto com a natureza. Entre as experiências mais tradicionais da região está o transporte em “motorretes”, usado pelos moradores e turistas para circular pela ilha.
Sem automóveis circulando na Ilha, Cotijuba dispõe de meios de transportes diferentes: motorrete – como foi batizado o veículo improvisado com uma motocicleta acoplada a uma carroceria que comporta seis passageiros – já oferecem o transporte até as praias.
Marcio Nagano/O Liberal
Mangueiras
Belém também é chamada de cidade das mangueiras por ter muitas dessas árvores nas ruas. Elas estão por toda parte e por si só são uma atração, além de garantir uma boa sombra ao caminhar por ruas como a Avenida Nazaré ou na lateral da Praça da República. No entanto, nesta época elas estão amadurecendo e é necessário cuidado para não ser atingido por uma delas.
Mangas em Belém caem aos montes e chamam na capital
MAPA: Pontos turísticos de Belém que estão na música ‘Voando pro Pará’
Arte / g1
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Fonte: g1
