Polícia prende cúmplice de ladrão que matou jovem na frente do pai e do namorado em SP


Jovem é morta com tiro na cabeça na Zona Leste de SP
Policiais informaram ter prendido nesta segunda-feira (3) o cúmplice do ladrão que atirou e matou a jovem Beatriz Munhos na frente do pai dela e do namorado, no final de semana, em Sapopemba, Zona Leste de São Paulo.
O caso ocorreu na noite de sábado (1º) e foi gravado por câmeras de segurança (veja vídeo acima). Ele foi registrado como latrocínio, que é roubo seguido de morte.
Lucas Kauan da Silva Pereira, de 18 anos, foi preso nesta tarde pela Polícia Civil (veja abaixo a foto do suspeito). Ele é apontado pela investigação como o piloto da moto usada no crime. A equipe de reportagem não conseguiu localizar a sua defesa para comentar o assunto.
Lucas foi preso por envolvimento na morte de Beatriz
Reprodução
O garupa, que atirou e matou Beatriz, ainda não foi identificado pela investigação.
A identificação de Lucas foi feita após análise das imagens. Uma das vítimas também fez o reconhecimento fotográfico do rapaz. A prisão temporária de Lucas foi decretada pela Justiça a pedido da polícia. Segundo os policiais, ele já foi investigado antes por outros crimes, como roubo.
O delegado Walter Sergio de Abreu, da 8ª Delegacia Seccional, falou à TV Globo, que tenta identificar o garupa da moto que atirou em Beatriz. Segundo ele, a investigação tem uma suspeita de quem ele possa ser, mas nada conclusivo.
Garupa atirou
Delegado Walter Sérgio de Abreu, da 8ª Cerco da Polícia Civil
Reprodução/TV Globo
Para a polícia, Beatriz, seu pai e o namorado foram vítimas de um golpe aplicado pelos bandidos, que fingiram ser compradores de um drone que a família estava negociando pela internet. Os dois criminosos são investigados por terem cometido outros assaltos usando o mesmo tipo de golpe na região da Rua Professor Fonseca Lessa, onde a estudante foi morta.
“Está claro que foi emboscada, bem tramada mesmo, chamada de ‘puxada’. Fazem isso para trazer a pessoa até o local onde eles praticam o roubo com mais facilidade”, disse o delegado. “Não estamos excluindo essa possibilidade e até mais gente envolvida”.
Os criminosos, que fingiram ser compradores, combinaram pagar R$ 27 mil pelo drone. Mas exigiram que o equipamento fosse entregue pessoalmente. Por isso, a família saiu de carro de Sorocaba, no interior paulista, e foi à noite até a capital. O crime ocorreu por volta das 20h.
“Foi uma emboscada, foi um golpe, mas a gente tinha entregue tudo, por que o cara atirou na cabeça da minha filha? Eles não têm o mínimo de discernimento por nada, de consideração com ser humano”, confirmou Lucas Munhoz, pai de Beatriz, à TV Globo. A declaração foi dada no domingo (2) em São Paulo.
Mas ao invés do comprador, que havia negociado a aquisição do produto pela internet e faria o pagamento em PIX, eles encontraram dois criminosos numa moto, que os abordaram na rua. Lucas e Leonardo Jesus da Silva, seu genro, estavam do lado de fora do veículo.
Ladrões queriam drone
Beatriz Munhos morreu após jogar spray de pimenta na direção de um dos criminosos, como mostra a imagem da câmera de segurança da rua
Reprodução/Redes sociais e arquivo pessoal
“Eu entreguei meu celular, o namorado da minha filha que tava junto comigo, a gente não sabia o que fazer, falou ‘vamos pegar o equipamento’ [que os bandidos já tinham conhecimento e queriam]”, afirmou Lucas.
Em seguida, Beatriz, que estava dentro do automóvel, abriu a porta e disparou spray pimenta na direção de um dos criminosos, que atirou na cabeça dela. A vítima morreu na hora. Ela tinha 20 anos.
“Daí minha filha acabou no ímpeto de proteger o namorado e tudo mais, meio que foi pra cima e o bandido deu um tiro na cabeça da minha filha na minha frente, na frente do Leonardo”, falou Lucas.
Após o disparo, o namorado tentou impedir a fuga do assaltante segurando a bolsa térmica de entregador que ele usava, mas o criminoso conseguiu se soltar, abandonou o objeto e fugiu com o parceiro.
‘Que crueldade fizeram com minha pequena’, lamenta pai de jovem morta com tiro na cabeça
Jovem é morta com tiro na cabeça na Zona Leste de SP
Reprodução
O velório e sepultamento de Beatriz ocorreram nesta segunda-feira (3) no Cemitério Consolação, em Sorocaba, cidade onde ela morava.
Quem tiver informações sobre o paradeiro do garupa que atirou em Beatriz pode telefonar para o número 181 do Disque-Denúncia. Não é preciso se identificar.

Fonte: g1