Policial morre e outros 5 são baleados em megaoperação no Alemão e na Penha


Operação reúne 2,5 mil agentes complexos do Alemão e da Penha, no Rio
Um policial civil morreu e ao menos outros cinco policiais – entre militares e civis – ficaram feridos durante a megaoperação realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio.
Quatro homens apontados como traficantes também foram mortos.
A ação, batizada de Operação Contenção, mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, além de promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro.
O g1 apurou que o agente da Polícia Civil tomou um tiro no pescoço e não resistiu. Um delegado da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) também foi baleado e levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.
A operação foi deflagrada após mais de um ano de investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), com o objetivo de cumprir 100 mandados de prisão e 150 busca e apreensão contra lideranças do Comando Vermelho, facção que atua em 26 comunidades da região.
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Barricadas em chamas em reação à Operação Contenção
Reprodução/TV Globo
Durante o avanço das forças de segurança, criminosos reagiram com tiros e ergueram barricadas em chamas para dificultar o acesso dos agentes. O confronto resultou na morte do policial, ainda não identificado, e deixou quatro PMs feridos — um deles foi baleado na perna enquanto atuava em uma área de mata.
Além dos agentes, outras três pessoas foram atingidas por balas perdidas: um homem em situação de rua, uma mulher que estava em uma academia próxima ao batalhão de Olaria e um homem encontrado em um ferro-velho. Todos foram socorridos.
A operação também resultou em 25 prisões e na apreensão de 10 fuzis. Helicópteros, blindados, drones e veículos de demolição foram utilizados para garantir o avanço das tropas.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que cinco unidades de atenção primária suspenderam o atendimento na região, e 43 escolas foram impactadas, afetando milhares de alunos.
O governador Cláudio Castro afirmou que a ação é uma demonstração de força do estado contra o crime organizado.
“Estamos atuando com força máxima e de forma integrada para deixar claro que o poder é do Estado. Os verdadeiros donos desses territórios são os cidadãos de bem”, declarou.

Fonte: g1