Policial penal é detido ao se recusar a passar por revista para entrar em forró e ameaçar seguranças em MG


Confusão foi registrada durante evento no Parque de Exposições de João Pinheiro.
Reprodução/Google Street View
O policial penal Allan Fabricio Godinho Mota foi detido após ofender e agredir seguranças durante um evento de forró em João Pinheiro, no Noroeste de Minas Gerais, na noite de sábado (1°). De acordo com a Polícia Militar (PM), o suspeito chegou ao local visivelmente alterado e se enfureceu ao ser solicitado que passasse por revista para entrar no evento.
O organizador da festa também foi ameaçado pelo policial penal.
O g1 entrou em contato com o advogado de Allan, Elias Mateus Evangelista Dornelas, mas não houve retorno até a última atualização da matéria.
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) ressaltou que o policial penal estava fora do horário de trabalho, foi ouvido e liberado. Segundo a pasta, um procedimento de investigação administrativa foi instaurado pela direção da unidade prisional onde ele trabalha parar apurar a conduta do servidor e a conclusão do procedimento será enviada à Corregedoria da Sejusp. Veja a nota na íntegra abaixo.
A reportagem tenta contato com o Sindicato Rural, responsável pelo Parque de Exposições.
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Homem não quis ser revistado
A PM foi acionada pelo responsável do evento, que relatou que o policial penal tentou entrar no evento visivelmente embriagado e com uma lata de cerveja na mão. Ao ser informado de que precisaria passar por revista, ele se recusou, alegando que era servidor público e que não se submeteria à abordagem.
Conforme o boletim de ocorrência, Allan empurrou a mão do segurança e entrou sem autorização.
Chamado para intervir, o responsável pela segurança pediu que o suspeito retornasse à portaria para a revista. Neste momento, ele teria reagido com agressividade, xingando e desafiando os seguranças questionando “quem seria o homem que iria tirá-lo de lá”.
O responsável pelo evento foi informado sobre o direito de representar criminalmente contra o homem, mas preferiu não prosseguir com o caso naquele momento.
Pouco tempo depois, os militares foram novamente chamados ao evento. Segundo os seguranças, o mesmo homem empurrou uma funcionária e tentou agredir novamente o coordenador da equipe.
O suspeito foi algemado, levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de João Pinheiro e, em seguida, conduzido à sede da PM.
Ainda de acordo com a PM, durante o atendimento médico o homem manteve postura desrespeitosa e ameaçou um dos militares. Em depoimento, ele confirmou que xingou e agrediu os seguranças, afirmando que faria novamente “se fosse necessário”.
O celular do suspeito foi apreendido após ele alegar que registrou parte dos acontecimentos em vídeo.
Após o registro da ocorrência, o policial penal foi levado para a Polícia Civil, em Paracatu, onde foi ouvido e liberado. A direção do presídio onde ele atua foi comunicada sobre o caso.
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O que disse a Sejusp
“Informamos que a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp MG) teve ciência sobre a ocorrência envolvendo o policial penal, lotado no Presídio de João Pinheiro. Ele foi encaminhado para uma delegacia de Polícia Civil, ouvido e, posteriormente, liberado. Vale ressaltar que a ocorrência se deu fora do horário de trabalho do servidor e que as apurações no âmbito criminal são de responsabilidade da Polícia Civil.
Destacamos que, por meio de um procedimento interno de investigação administrativa, instaurado pela direção da unidade prisional, o servidor terá sua conduta apurada. A conclusão do procedimento será enviada à Corregedoria da Sejusp MG.
Ressaltamos que a Sejusp MG não compactua com desvios de conduta de seus servidores. Toda e qualquer suspeita é apurada com rigor, sempre respeitando o devido processo legal e os princípios da ampla defesa e do contraditório. Medidas administrativas e, quando necessário, judiciais são adotadas com a seriedade que o tema exige.”
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Fonte: g1