Avaliação de Lula para de melhorar, diz Quaest; 50% desaprovam governo, e 47% aprovam
Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (12) mostra que 46% dos brasileiros apoiam leis mais rígidas, penas maiores e que criminosos não sejam soltos pela Justiça como medidas para melhorar a segurança pública.
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Ainda de acordo com o levantamento, 27% defendem mais educação, oportunidades e medidas sociais como fatores para reduzir a violência.
Veja os números:
Leis mais rígidas/Penas maiores/Justiça não soltar criminosos: 46%;
Mais educação, oportunidades e medidas sociais: 27%;
Mais policiamento na rua: 11%;
Ações duras contra facções: 9%;
Investir em inteligência e tecnologia: 4%;
Outra: 1%;
Não sabem/não responderam: 2%.
O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos e realizado entre os dias 6 e 9 de novembro com 2.004 pessoas de 16 anos ou mais. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
A preocupação dos brasileiros com a violência aumentou, indica a pesquisa. O tema foi a resposta dada por 38% dos brasileiros quando questionados sobre a maior preocupação no Brasil. ,m outubro, eram 30%.
O assunto lidera os levantamentos sobre os temas de destaque entre os brasileiros desde maio. Porém, ocorreram variações ao longo dos meses até chegar aos 30% em outubro. Agora, em apenas um levantamento, o aumento foi de 8 pontos.
Entre as medidas, os brasileiros também defendem aumentar as penas para homicídio cometido a mando de organizações criminosas: 88% apoiam a proposta. Outros 65% apoiam retirar o direito de visita íntima para faccionados nas prisões e 52%, transferir a responsabilidade da segurança pública ao governo federal.
Operação no RJ
A pesquisa aponta que 67% dos brasileiros aprovam a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, no final de outubro. Os que desaprovam são 25%.
A megaoperação das polícias Civil e Militar terminou com 121 mortos, incluindo quatro policiais. A operação, que foi a mais letal da história do estado e mobilizou centenas de agentes das forças de segurança, e 97% dos entrevistados pela pesquisa nacional ficaram sabendo dela.
Veja os números:
67% aprovam a operação no RJ;
25% desaprovam;
4% nem aprova, nem desaprova;
4% não sabem ou não responderam.
A mesma pergunta foi feita só para os moradores do RJ, nos dias 30 e 31 de outubro. A pesquisa, divulgada em 1º de novembro, apontou que 64% dos moradores do estado aprovavam a megaoperação, e 27% desaprovavam.
Declarações de Lula
A maioria dos brasileiros discorda de Lula (PT), que considerou um desastre a operação policial no Rio de Janeiro. No dia 4 de outubro, o presidente afirmou que a operação “foi desastrosa” em relação ao total de mortos: 121, sendo quatro policiais.
Questionados sobre a frase do presidente, 57% dos brasileiros responderam discordar do presidente, enquanto 38%, concordaram com a afirmação. Outros 5% não souberam ou não responderam.
Veja os números:
Concorda: 38%;
Discorda: 57%;
Não sabem/não responderam: 5%.
Outra frase de Lula foi alvo do levantamento. Em 24 de setembro, o presidente afirmou que traficantes “são vítimas dos usuários de drogas”, ao falar sobre o enfrentamento às drogas. A maioria dos brasileiros discordou do presidente: 81% responderam contrariamente à declaração e 14% disseram concordar.
Aprovação do governo federal
Pesquisa Quaest mostra ainda que 50% dos brasileiros desaprovam o governo Lula (PT), enquanto 47% aprovam. Segundo o instituto, a megaoperação policial no Rio, as declarações de Lula sobre o assunto e a preocupação com a segurança pública frearam a melhora na avaliação do governo.
Os indicadores estão em empate técnico pelo segundo levantamento consecutivo, após a aprovação e a desaprovação voltarem a empatar em outubro, pela 1ª vez desde janeiro. A aprovação vinha oscilando positivamente e a desaprovação, para baixo, desde julho, e agora o cenário inverteu.
“Se o tarifaço mudou a trajetória da aprovação a favor do Lula, a pauta da segurança pública interrompeu a lua de mel tardia do governo com o eleitorado independente”, afirma Felipe Nunes, diretor da Quaest.
Veja os números:
Aprova: 47% (eram 48% na pesquisa de outubro);
Desaprova: 50% (eram 49%);
Não sabem/não responderam: 3% (eram 3%).
Fonte: g1
