Rock the Mountain 2025 tem público recorde e destaque para homenagem de Samuel Rosa a Lô Borges


Festival Rock the Mountain agita segundo fim de semana em Itaipava
O Rock the Mountain 2025 encerrou neste domingo (9) mais uma edição histórica na Região Serrana do Rio. Com um público estimado em 150 mil pessoas ao longo dos seis dias, o festival lotou Petrópolis e celebrou a diversidade musical com nomes como Caetano Veloso, Banks, BK, Criolo, Marina Sena, Fundo de Quintal, Ana Carolina e Pedro Sampaio.
Em meio ao clima de despedida, o evento já deixou um “gostinho de quero mais”: a organização anunciou o projeto Dominguinho, formado por João Gomes, Mestrinho e Jota.pê, como primeira atração confirmada para 2026. A pré-venda de ingressos começa na próxima quarta-feira (12).
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Shows e público recorde
Rock the Mountain 2025 150 mil pessoas em seis dias de evento
Mangabeira Volante/ I Hate Flash
O último dia de festival reuniu desde clássicos da MPB até novidades da música eletrônica. No palco Floresta, o público acompanhou apresentações de Fundo de Quintal, Ana Carolina — que homenageou Preta Gil —, Banks, Caetano Veloso e BK, que encerrou o line-up principal.
Já o palco Estrela trouxe Joyce Alane, Criolo, Capital Inicial e João Gomes, que emocionou ao receber Mestrinho como convidado. O encerramento ficou por conta de Pedro Sampaio, que transformou o espaço em uma grande pista de dança.
Homenagem e emoção: Samuel Rosa fala sobre Lô Borges
Com exclusividade ao g1, Samuel Rosa fala sobre Lô Borges
João Gabriel Balbi
Durante o evento, Samuel Rosa relembrou a parceria e a amizade com o músico Lô Borges, que morreu nesta semana. Em entrevista ao g1, o ex-vocalista do Skank se emocionou ao falar sobre o parceiro de composição de sucessos como Dois Rios.
“O Lô é o meu maior parceiro fora do Skank. A gente tinha uma afinidade tremenda — dividia paixões, o cafézinho, o Cruzeiro, os Beatles. Foi uma perda tremenda pra música brasileira. Ele é, sem sombra de dúvida, um dos maiores compositores do país”, disse Samuel.
O cantor contou que homenageou Lô durante o Rock the Mountain, na semana anterior, e destacou a influência do mineiro na sua carreira.
“O Lô personificava a possibilidade de alguém nascido em Belo Horizonte fazer música boa e interessante aos ouvidos do Brasil e do mundo. Ele foi uma interface entre a MPB clássica e o rock. Um dos inventores da psicodelia brasileira. Eu não concebo a minha carreira sem o Lô”, afirmou.
“Vai em paz, meu irmão. Tô com muita saudade e levo você sempre comigo aqui.”
Show do Samuel Rosa no RTM
João Gabriel Balbi
Sustentabilidade e impacto econômico
A edição 2025 também reforçou o compromisso ambiental do evento. O Rock the Mountain conquistou o certificado internacional de sustentabilidade ISO 20121:2024 e neutralizou 100% das emissões de CO₂e pela segunda vez consecutiva. Segundo a organização, 2,5 mil toneladas de gases de efeito estufa foram neutralizadas e 96% dos resíduos desviados de aterros.
As ações incluíram hidratação consciente com pontos de água gratuita, mobilidade sustentável e campanhas de combate ao assédio em parceria com a plataforma Livre de Assédio e a Secretaria de Estado da Mulher.
O impacto também foi sentido na economia local. De acordo com estimativas do setor turístico, o festival atraiu 60 mil visitantes e injetou mais de R$ 200 milhões em Petrópolis. A taxa média de ocupação hoteleira chegou a 90% nos dois fins de semana do evento.
“Os números comprovam o potencial de Petrópolis como destino turístico e cultural”, disse o prefeito Hingo Hammes. “É importante ver nossa rede hoteleira e comércio prosperando.”
Com o encerramento da edição 2025, o Rock the Mountain reafirma sua posição como um dos maiores festivais de música do país, unindo sustentabilidade, turismo e emoção em meio à natureza da Serra Fluminense.
Samuel Rosa no RTM
Alessandra Lima

Fonte: g1