Suspeitos de invadir bancos de dados para roubar informações de médicos no RS e aplicar golpes são presos em SP e DF
Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil prendeu em São Paulo, durante operação nesta terça-feira (4), quatro pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de invasão de bancos de dados para revenda e fraudes. O caso começou a ser investigado após 15 médicos do Rio Grande do Sul terem sido vítimas de criminosos: informações pessoais deles começaram a ser usadas por criminosos para aplicar golpes.
De acordo com o delegado Eibert Moreira, responsável pela investigação, os principais alvos da ação foram presos em Barueri, no estado de São Paulo, e em Brasília, no Distrito Federal: o mandante, “que geria o esquema como uma empresa”, e o funcionário de uma empresa de Tecnologia da Informação (TI) que tinha acesso aos bancos de dados sigilosos, “que traía a confiança de seu emprego para alimentar o crime”. Eles têm 39 e 31 anos, mas os nomes não foram divulgados.
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A investigação indica que a organização criminosa agia nacionalmente: invadia sistemas informáticos para praticar estelionato eletrônico. O mandante disponibilizava a infraestrutura técnica para a prática dos crimes.
“Ele não executava pessoalmente as invasões, mas contratava e pagava criminosos especialistas em tecnologia para obter bancos de dados e programar APIs de dados ilícitos para posterior revenda. Os dados eram utilizados para os mais variados crimes virtuais”, explica o delegado Moreira.
Suspeitos de invadir bancos de dados para roubar informações de médicos no RS e aplicar golpes são presos em SP e DF
Polícia Civil/Divulgação
Já o funcionário da empresa de TI usava o próprio acesso privilegiado para extrair dados sigilosos diretamente dos sistemas bancários.
“[É] considerado um ‘insider threat’, funcionário de uma grande empresa de TI que presta serviços para diversas instituições financeiras. Ele enviava fotos de dentro dos sistemas bancários para provar seu acesso. O ‘mandante’ foi flagrado em áudios negociando diretamente a compra desses dados bancários de alto valor”, conta o delegado Moreira.
Os outros dois presos participavam do esquema. Eles foram capturados em São Paulo. No total, foram cumpridos cinco mandados de prisão e sete de busca e apreensão. Houve o bloqueio de contas bancárias e criptoativos.
A operação desta terça teve outras três fases. No total, foram presas 15 pessoas. São executores e programadores, de acordo com a Polícia Civil.
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Fonte: g1