O Kannalha, Wagner Moura, Kleber Mendonça Filho e Emilie Lesclaux na pré-estreia de ‘O Agente Secreto’, em Salvador
Iamany Santos/g1
Wagner Moura esteve em Salvador, nesta terça-feira (4), para a pré-estreia do filme “O Agente Secreto”, escolhido para representar o Brasil na categoria Melhor Filme Internacional do Oscar 2026. Em entrevista coletiva, o baiano reforçou sua torcida para que o longa-metragem vença a premiação de cinema, que é uma das mais importantes do mundo.
“Eu estou torcendo, lógico! Quero que a gente vença! É um produto cultural brasileiro, independentemente de mim e de Kleber [Mendonça Filho, diretor do longa]. É um filme brasileiro! Representando o Brasil, depois de ‘Ainda Estou Aqui’, ia ser massa!”, disse, em resposta ao g1.
O evento aconteceu no Cine Glauber Rocha, no centro da capital baiana, e também contou com as presenças de Kleber, da produtora Emilie Lesclaux e da atriz Alice Carvalho. O público ainda curtiu um pocket show de O Kannalha, cantor de pagode que interpreta a música “O Baiano Tem o Molho” — adotada pelo público como trilha da campanha na corrida pelo Oscar.
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Wagner ressaltou que, para além de um artista brasileiro, ele é baiano e busca sempre trazer para Salvador, sua cidade natal, os trabalhos em que está envolvido. “Tudo o que eu faço, eu trago logo para a Bahia. Eu sou um artista baiano… Sou um artista brasileiro, mas sobretudo baiano. A Bahia tem, proporcionalmente, a maior taxa de ocupação de sala de cinema”, enfatizou o artista sobre a importância do público baiano para a movimentação do cinema brasileiro.
Essencialmente um diretor cujo cinema valoriza o nordeste, Kleber Mendonça Filho também pontuou que observa uma diferença na repercussão de produções feitas na região. “Acho que ainda existem barreiras culturais e econômicas que tendem a separar o Brasil e eu nunca entendi o porquê disso”, analisa.
Com a repercussão de “O Agente Secreto”, o cineasta acredita que o Brasil avançou “uma casa” na valorização do cinema nacional e nordestino. “No sentido de normalizar a presença do Nordeste, porque eu acho que [a região] ainda é retratada de maneira verticalizada”.
A pré-estreia foi celebrada. Centenas de pessoas lotaram as salas do cinema. Entre os convidados estavam a cantora Daniela Mercury e a atriz Tânia Tôko, intérprete da personagem Neuzão no longa “O Paí Ó” (2007).
Campanha rumo ao Oscar
O filme estreia em todo o Brasil na quinta-feira (6), contando a história de Marcelo (Wagner Moura). O personagem é um especialista em tecnologia, já com 40 anos, que volta a Recife (PE) para encontrar o filho e fugir de um passado misterioso.
Ambientado em 1977, o longa-metragem mistura gêneros para mergulhar no passado de Marcelo, cujos segredos vão sendo revelados ao longo da trama.
“O Agente Secreto” foi escolhido para representar o Brasil no Oscar em setembro. Com uma campanha de sucesso, o filme colecionou elogios em veículos internacionais importantes, como o jornal inglês “The Guardian” e as revistas americanas “The Hollywood Reporter” e “Variety”.
O longa-metragem brasileiro disputa a mesma categoria vencida pelo brasileiro “Ainda Estou Aqui” na premiação deste ano. O filme foi dirigido por Walter Salles, estrelado por Fernanda Torres e gerou grande repercussão nacional e internacional ao retratar a luta da advogada Eunice Paiva, que teve o marido, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, sequestrado e morto pela ditadura militar.
Pocket Show do O Kannalha marca pré-estreia do filme em Salvador
Após o sucesso da música “O Baiano Tem O Molho”, do cantor Danrlei Orrico, conhecido como O Kannalha, durante as divulgações do filme “O Agente Secreto”, o baiano se apresentou na pré-estreia do longa-metragem, nesta terça. Nas redes sociais, o hit é quase a trilha sonora “oficial” do filme, embalando diversos vídeos com passagens de Wagner Moura atuando.
Pocket Show do O Kannalha marca pré-estreia do filme em Salvador
Ramon Rocha
Para além dos “memes”, Danrlei celebrou a repercussão da música enquanto um sinônimo de baianidade, uma vez que o hit chegou a ser cantado por fãs de Wager Moura em ações internacionais. “Já é uma das maiores obras que a gente já fez, não só pela música, mas sim pelo que a gente queria pontuar. […] Queria trazer todo esse protagonismo para o baiano e chegou na Bahia, foi se espalhando pelo Brasil e com essa junção com Wagner Moura, acabou indo além”, destacou ele, ao g1.
Ele afirmou ainda que a faixa representa também um novo momento da carreira dele, no qual ele tenta reunir temas importantes como o protagonismo negro.
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Fonte: g1
